quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Biomas Baianos

A Zona Costeira brasileira é extensa e variada. O Brasil possui uma linha contínua de costa com mais de 8 mil quilômetros de extensão, uma das maiores do mundo. Ao longo dessa faixa litorânea é possível identificar uma grande diversidade de paisagens como dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baías, estuários, brejos e falésias. Dependendo da região, o aspecto é totalmente diferente do encontrado a poucos quilômetros de distância. Mesmo os ecossistemas que se repetem ao longo do litoral - como praias, restingas, lagunas e manguezais - apresentam diferentes espécies animais e vegetais. Isso se deve, basicamente, às diferenças climáticas e geológicas.



O litoral nordestino começa na foz do Rio Parnaíba e vai até o Recôncavo Baiano. É marcado por recifes calcáreos e arenitos, além de dunas que, quando perdem a cobertura vegetal que as fixa, movem-se com a ação do vento. Há ainda nessa área manguezais, restingas e matas. Nas águas do litoral nordestino vivem tartarugas e o peixe-boi marinho, ambos ameaçados de extinção.
 
A Mata Atlântica é um bioma brasileiro. As florestas atlânticas são ecossistemas que apresentam árvores com folhas largas e perenes. Abriga árvores que atingem de 20 a 30 metros de altura. Há grande diversidade de epífitas, como bromélias e orquídeas. Não deve ser confundida com a floresta Amazônica, ou selva Amazônica, que é um outro bioma do Brasil.
Foi a segunda maior floresta tropical em ocorrência e importância na América do Sul, em especial no Brasil. Acompanhava toda a linha do litoral brasileiro do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte (regiões meridionais e nordeste). Nas regiões Sul e Sudeste a Mata Atlântica chegava até a Argentina e o Paraguai. Cobria importantes trechos de serras e escarpas do Planalto Brasileiro, e era contínua com a Floresta Amazônica. Em função do desmatamento, principalmente a partir do século XX, encontra-se hoje extremamente reduzida, sendo uma das florestas tropicais mais ameaçadas do globo. Apesar de reduzida a poucos fragmentos, na sua maioria descontínuos, a biodiversidade de seu ecossistema é uma dos maiores do planeta.


A palavra Cerrado vem da Espanha e significa 'fechado' ou 'vegetação densa', esse termo busca traduzir a característica geral da vegetação arbustivo-herbácea densa que acontece na formação savânica. Entretanto, a falta de uniformidade na sua utilização ao longo da história gerou uma série de controvérsias e dificuldade na comparação de trabalhos na literatura. O termo Cerrado tem sido usada tanto para designar tipos de vegetação, tanto para definir formas de vegetação. Também podendo estar associada a adjetivos que se referem a características estruturais, encontradas em regiões específicas.


  Na Bahia, o bioma Cerrado encontra-se distribuido de forma bem heterogênea, compondo várias áreas de transição Cerrado/Caatinga e cerrado/mata atlântica, no entanto a sua maior concentração está na região oeste do estado. O Cerrado destaca-se não só quanto a sua biodiversidade, mas quanto ao seu potencial de água sendo cortado pelas três maiores bacias hidrográficas da América do Sul, Tocantins, Prata e São Francisco. Os recursos hídricos de superfície da região oeste da Bahia, se constituí em sua maior parte na mais importante fonte de alimentação de água do Médio São Francisco, bacia hidrográfica a qual pertencem em sua margem esquerda, cerca de 75% do aporte hídrico no estado da Bahia. São rios e riachos que nascem nas veredas encontradas no Chapadão Ocidental, resultado da grande capacidade de armazenamento hídrico pluvial dos arenitos de Formação Urucuia, da armadilha estrutural desses arenitos com as rochas do grupo Babuí, permitem o afloramento das águas. As formações de veredas, tipo particular de vegetação que aí se desenvolve e acúmulo de matéria orgânica vegetal que vai formar os horizontes orgânicos que são reguladores naturais do fluxo das águas das nascentes, particularmente no período seco, devido ao poder de esponja, característicos desse material residual orgânico.
Assim, a partir das veredas do chapadão, e compondo uma rede de drenagem paralela, se formam as três sub-bacias mais importantes da região oeste da Bahia: o Rio Grande, Rio Corrente e o Rio Carinhanha, que, até sua foz no São Francisco, Serras Setentrionais, as Várzeas e Terraços Aluviais. O regime hídrico das três sub-bacias são idênticos, considerando que todas estão submetidas ao mesmo regime climático geral com período de maior pluviosidade ocorrendo de novembro a março, e o período seco de maio a setembro.
A caatinga, muitas vezes confundida com o cerrado, é um ecossistema típico do nordeste brasileiro. A caatinga com suas características muito peculiares, que mesmo com sua região semi-árida, apresenta uma flora e uma fauna muito diversificada. A flora se constitui de espécies xerófitas (formação seca e espinhosa resistente ao fogo e praticamente sem folhas) que perdem as folhas em determinadas épocas do ano) totalmente adaptadas pelo clima seco com predominâcias de cactáceas e bromeliáceas. As diversas especies de árvores  apresenta até 12 metros de altura. As principais representantes do reino vegetal são: a aroeira, o mandacaru, o juazeiro e o amburana.
     

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